domingo, 13 de fevereiro de 2011

 

a carga de azul casual
irrompe anil no branco
fluorescente do monitor
no corte transverso
de um fragmento de texto
na percussão dos dedos
impondo o ritmo de criação
na busca da cadência
precisa da escrita
ainda sem nexo
divagando no caos inicial
entrelinha e entrelaços
entranha de cabeleira
de tranças em transe
no devaneio vagabundo
no ócio perturbador
descompasso preciso
nem côncavo
nem convexo
berço da criação
de uma ciência inexata
da poesia

Igor Marques
2006

2 comentários:

  1. cada vez mais exuberantemente plástico o teu blog. Parabéns!

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  2. Igor, essa imagem azul tatuada no preto absoluto do teu blog, escorrendo pelas letras, me fisgaram por completo!! Que maravilha, isso!

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