a letra miúda
no alto
da página
da página
anuncia
o torpor
que me cerca
me acossa
a morte deve ser assim
puro torpor
a insensibilidade crescente
nos dedos dos pés
e das mãos
a dificuldade de abrir os olhos
ao acordar mecânicamente
todos os dias
as palavras em precipitação vertical
pontuam
cadenciam
a imperceptível
decadência
Imagem/desenho incrível! Belo e instigante poema. Como será a morte? Não quero morrer, é uma certeza.
ResponderExcluirMuito grato, Mariana, pelo estímulo de seu sensível e lúcido olhar-leitura sobre meus desenhospoemas. Aqui vai o link da republicação de "falando sobre o que ainda não quer calar". Grato de novo. Abraços.
ResponderExcluirhttp://www.tabletesculturais.com.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=50&Itemid=69