a tinta flui
em síncopes
a cada letra
derrama-se
caudalosa
em palavras
rio negro
no seu leito
a selva liquefeita
ondula
ondula
em seiva amniótica
o espelho d’água
revela um singelo
céu postal com nuvens
que camufla
duplica
sedentos tigres
de papel
omnívora frase
serpenteia
em água turva
nutre-se voraz
de homens e bichos inchados
de histórias truncadas
de histórias truncadas
deglute seus cantos
sussurros e mágoas
em putrefação
seus corpos encalham
na margem de areia e lodo
na margem de areia e lodo
enredados em cipós
e troncos tombados
berço e forragem
do poema
Igor K Marques
14 de março/1995
& fevereiro/2011
& fevereiro/2011
Teu trabalho é genial, Igor. Queria publicar um dos teus poemas e desenhos no Longitudes, posso? Preciso te apresentar aos meus leitores. :) Abraço!
ResponderExcluirGratíssimo, Nydia, novamente, por teu estímulo! Sim, adoraria ver alguma coisa minha publicada no "Longitudes"! (aliás, lindo; o seu blog). Venho republicando aqui alguns poemas postados nos dois primeiros álbuns de fotos do FB. Fique à vontade pra pinçar o que achar mais interessante.
ResponderExcluirGratíssimo de novo, Nydia, por seu olhar generoso.
Caloroso abraço!
felizz 201 amigo igor,saludosss
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